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quarta-feira, 27 de março de 2019

DOM JOSÉ LAMBERT - PRIMEIRO ARCEBISPO METROPOLITANO DA ARQUIDIOCESE DE SOROCABA

ILUSTRE FILHO DE IGARAPAVA

Dom José com o Papa João Paulo II
Nasceu aos 13 de março de 1929 na cidade de Igarapava/SP, então pertencente à Diocese de Ribeirão Preto. Filho de José Lambert e Palmira Baptistucci, foi batizado em Igarapava aos 8 de junho de 1929 e, crismado em 30 de junho de 1930.

Estudou no Seminário Menor de Rio Claro/SP de 1941 a 1945. Fez o noviciado em Ribeirão Preto/SP no ano de 1946. Recebeu os Primeiros Ministérios no ano de 1951 e o Subdiaconato aos 25 de julho de 1953 também em Ribeirão Preto. Já o curso filosófico, fez no Seminário Maior entre os anos de 1947 e 1950. O curso teológico foi de 1951 a 1954. Também adquiriu o título acadêmico pela Licenciatura em Filosofia Pura pela PUC Campinas.

Ordenou-se Diácono no dia 25 de outubro de 1953 em Franca/SP sendo Dom Frei José Alvarez o ordenante, e no dia 10 de janeiro de 1954, em Ribeirão Preto/SP foi ordenado presbítero por Dom Luís Amaral Mousinho. Pertencia à Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo e realizou a primeira profissão em 9 de dezembro de 1946, a profissão perpétua foi feita em 16 de março de 1950.

Em sua trajetória religiosa Dom José Lambert foi diretor do Seminário Menor de Rio Claro/SP, professor e mestre de disciplina em Ribeirão Preto/SP por seis anos e em Campinas/SP por dois anos, onde também foi provincial da Província de Santa Cruz.

De 1975 a 1979 foi Bispo Diocesano de Itapeva/SP. Em Sorocaba chegou em 20 de janeiro de 1980 como bispo Coadjutor e Administrador Apostólico. Foi nomeado Bispo Diocesano em 20 de maio de 1981. Em 29 de abril de 1993 foi eleito Arcebispo Metropolitano. Em 29 de junho do mesmo ano, recebeu o pálio das mãos do Papa João Paulo II em Roma.

Dom José Lambert foi o 3º Bispo e 1º Arcebispo Metropolitano de Sorocaba. Esteve à frente por 25 anos. Também foi presidente da Fundação Dom Aguirre e moderador do Tribunal Interdiocesano de Sorocaba.

Já Arcebispo Emérito, faleceu em 26 de fevereiro de 2007 no Hospital Modelo em Sorocaba, vítima de um infarto do miocárdio. Dom José Lambert foi sepultado na Capela Mortuária da Catedral ao lado de Dom José Carlos de Aguirre (1º Bispo Diocesano) e Dom José Melhado Campos (2º Bispo Diocesano).

Aviador mais jovem do mundo era filho de Igarapava

Hélio Marincek iniciou seus voos ainda com 12 anos e viveu como uma estrela

Hélio voou sozinho pela primeira vez com 12 anos


Hélio Marincek nasceu em 23 de outubro de 1923, na cidade de Igarapava, São Paulo, filho de Antônio Marincek e Antonieta Mugnatto. Em 1932, com nove anos, se mudou para Ribeirão Preto com os pais e o irmão mais novo, Homilton Marincek. A família viajou de avião pela primeira vez em 1936, de Ribeirão até São Paulo e, conforme próprio Hélio relata no livro "A Saga dos Aviadores", escrito por Sérgio Ferreira Cardoso, pesquisador e entusiasta da aviação, essa experiência marcou a família para sempre.
Depois dessa viajem, Antônio se interessou mais por aviação e voava escondido de sua esposa, contando com Hélio como cúmplice, pois naquela época aviões eram muito frágeis e a simples presença de um avião amedrontava as pessoas. Após ter aulas com o instrutor de voo Juvenal Paixão, que levou a primeira escola de aviação para Ribeirão Preto, Antônio comprou, em 1937, um avião Taylorcraft, o qual tinha o nome de Tupy. Para Hélio conseguir pilotar, Antônio adaptou a nave para que ele pudesse alcançar os pedais e enxergar.

Mais moço e menor aviador
O primeiro voo de Hélio sozinho foi em Uberlândia, ainda em 1937, com 14 anos, para onde a família havia se mudado e Antônio fundado a Escola de Aviação Marincek. No mesmo ano, Antônio também montou uma escola em Araguari. Lá, Hélio foi aluno, mas não pode receber o brevê por causa da idade, porém, em 1938, no evento de brevetamento dos outros alunos, Hélio, com 13 anos, foi convidado pelo 1º Tenente do Exército Mário Perdigão, que fazia parte da junta examinadora, a também pilotar a aeronave, tendo Perdigão como passageiro e recebendo elogios do tenente.

Hélio a bordo do avião do pai


A partir daí, Hélio virou estrela. Como não possuía o brevê, realizava voos de demonstração e acrobacias nas escolas que o pai fundou e em festas e eventos de aviação. Em 1939, na Festa de Aviação de Guatapará, que acontecia em Ribeirão Preto, estava presente Assis Chateaubriand. "Chatô" viu as façanhas de Hélio e, maravilhado, o convidou para ir até o Rio de Janeiro. No dia 12 de julho Hélio partiu para o Rio pilotando a aeronave, sendo recebido por jornalistas dos Diários Associados e o próprio Chateaubriand.


Por 40 dias, Hélio participou de desfiles, foi recebido por autoridades e deu entrevistas para jornais impressos e rádio. Uma dessas apresentações do "aviador menino", que nessa altura já era conhecido por todo Rio, foi no jogo do Vasco contra o Flamengo. Cerca de 20 mil pessoas assistiram ao desfile e aplaudiram o pequeno Hélio.
Hélio sendo recebido no jogo do Vasco contra o Flamengo

"Voarei com você sem seguro de vida"

Toda imprensa estava voltada para o menino. Um dos repórteres do Diário de São Paulo escreveu o seguinte sobre Hélio: "Como repórter, tenho voado milhares de quilômetros. Hélio Marincek pilotou o Fairchild e o fez com absoluta precisão, impressionando os técnicos. Eu me congratulo com Hélio Marincek e dou parabéns ao Brasil porque os seus filhos se revelam precocemente notáveis dominadores do espaço".

O dia 28 de julho foi quando Hélio conheceu o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas. "Voarei com você sozinho, no seu avião, sem fazer seguro de vida", disse Vargas de acordo com o artigo publicado no jornal "Diário da Noite" no dia 29 de julho. Após a solenidade, Vargas oferece um avião à família Marincek, a fim de estimular a criação de mais escolas de aviação.

Hélio com o Getulio Vargas
Quando voltou para Ribeirão Preto, no dia 21 de agosto de 1939, Hélio foi recebido como um artista, por uma multidão no Aeroporto do Tanquinho. Segundo uma matéria publicada no "Diário da Noite" no dia 22, cerca de 400 pessoas estavam no local para ver a chegada do menino. No caminho para casa, a família Marincek foi escoltada por um cortejo de automóveis.
Hélio sendo recebido em Ribeirão Preto

Cortaram minhas asas

No primeiro dia de setembro de 1939, Hélio viajou para o Rio de Janeiro novamente, desta vez para cursar o colégio militar. A vaga havia sido oferecida pelo então Ministro da Guerra, General Eurico Gaspar Dutra. Porém, em razão das rígidas regras do colégio, Hélio não voou mais enquanto cursava o colegial.
Hélio com uniforme do colégio militar


Coronel Aviador

Assim que se formou no colégio militar, em 1945, Hélio ingressou na Escola da Aeronáutica em Campo dos Afonsos, também no Rio de Janeiro, onde voltou a voar. Formou-se com mérito em 1947 e por causa disso foi convidado a fazer um curso de pouso em porta aviões nos Estados Unidos. Lá, totalizou 260 horas de voo e voltou ao Brasil em 1949 já como 2º Tenente.

No País, Hélio assumiu um posto como piloto no Correio Aéreo Nacional (CAN), fazendo a rota do Rio Solimões, e também outras funções na Força Aérea Brasileira (FAB), acumulando mais de 7 mil horas de voo. Em 1969, recebeu a patente de Coronel Aviador e entrou para a reserva da FAB.

Em seu tempo de FAB, Hélio foi condecorado com a medalha "Mérito Santos Dumont", que é dada a militares que se destacam em suas funções, recebeu também a "Ordem do Mérito Aeronáutico" como Cavaleiro, que é concedida para quem eleva o nome da aeronáutica brasileira de alguma forma.

Hélio Marincek

Decolagem


Hélio Marincek viveu seus últimos anos ao lado de sua filha em Fortaleza, morrendo em 2010, com 87 anos. Seus últimos anos foram dedicados à família e ao garimpo de registros sobre ele. Reuniu cerca de 200 fotografias e mais de 150 jornais, revistas e livros com histórias sobre sua vida. Tudo isso foi levado ao Instituto Cultural da Aeronáutica. Cópias dos arquivos também estão no "Musal", o Museu Aeroespacial.

Fotos: Arquivo pessoal/Sérgio Ferreira Cardoso
Fonte:https://www.revide.com.br