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segunda-feira, 15 de março de 2010

ESPECIAL ANA CAROLINA

Ana Carolina de Souza nasceu no dia 09 de setembro de 1974 na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Filha única de Dona Aparecida, a virginiana Ana Carolina cresceu influenciada pela música. Seus tios-avós eram instrumentistas, sua avó materna cantava em rádio e seu avô, gostava de cantar músicas sacras. O rádio e a vitrola estavam entre os objetos de maior importância dentro de sua casa. Sua mãe era proprietária de um salão de cabeleireiro e, Ana, fazia do local seu palco, fingia ser um microfone um rolo de cabelo e cantava versos de Caetano, entre outros. Morava no bairro Granbery, e estudou no Instituto Granbery da Igreja Metodista a maior parte de sua vida


Neste ambiente dotado de musicalidade, Ana Carolina desenvolveu cedo o interesse pela música. Já compunha canções ainda criança e aos 12 anos de idade ganhou seu primeiro violão, um Tonante de cordas de aço. Autodidata, logo desenvolveu um estilo próprio de tocar, que posteriormente se estendeu para o aprendizado de outros instrumentos como a guitarra, o pandeiro, e mais recentemente o baixo e o piano. Cartola, Nelson Cavaquinho, Geraldo Pereira, Lupicínio Rodrigues, Zechetti Príncipe Pretinho, Tom Jobim, Chico Buarque, João Bosco, Lenine e Marcos Suzano, foram influências constantes na sua vida, desde a sua adolescência até os dias de hoje, na sua vida profissional como cantora, compositora e instrumentista.

Na adolescência, Ana Carolina ingressou na universidade Federal de Juiz de Fora, onde cursou a faculdade de Letras, na busca em desenvolver outra de suas paixões, a leitura. Nesta época, Ana Carolina já cantava em bares de Juiz de fora e em festas de universidades. Luciana David, uma estudante de comunicação, se encantou ao assistir uma apresentação de Ana Carolina e acabou se tornando sua primeira empresária, levando os shows a um público maior. Ana ganhou projeção na cidade e foi descoberta pela atriz e cantora Zezé Motta, que a dirigiu em seu primeiro grande show na casa de espetáculos Teatro Solar em Juiz de Fora. Depois de realizar vários shows em Belo Horizonte, um rapaz chegou ao camarim com a letra de uma música, que compôs enquanto a assistia. Esse rapaz, era o compositor gaúcho, José Antônio Franco Villeroy que se tornaria um dos melhores amigos e parceiros de Ana, a música era "Garganta" - música que foi o primeiro sucesso da carreira da cantora

Vendo que a música estava mesmo presente em sua vida, Ana deixou sua cidade natal e partiu rumo ao Rio de Janeiro na tentativa de mostrar o seu trabalho.

Em 1998 se apresentou no Hipódromo UP e no Mistura fina, onde caiu nas graças da filha de Vinícius de Moraes, Luciana de Moraes, que encantada com sua voz grave, poderosa e melódica, a procurou perguntando sobre a existência de uma fita demo. Ana entregou a Luciana um CD demo com 8 (oito) músicas de voz e violão e 15 dias depois ela assinava contrato com a gravadora BMG. Ana então abandonou o curso de letras no 6º período e passou a se dedicar inteiramente à carreira de cantora.

Em abril de 1999, Ana Carolina lançou seu primeiro CD intitulado "Ana Carolina", registrando composições próprias como "Trancado" e "Armazém", e de outros autores, como "Retrato em branco e preto" (Tom Jobim e Chico Buarque) e "Alguém me disse" (de Evaldo Gouveia e Jair Amorim). Mas foi a música “Garganta” de autoria de Antônio Villeroy, que estourou nas rádios após a inclusão da mesma na trilha sonora da novela “Andando nas Nuvens” da Rede Globo de televisão. Sucesso absoluto de público e crítica! Neste mesmo ano, foi chamada para participar do songbook de Chico Buarque, interpretando as canções "Mil perdões" e "Eu te amo”. Ainda neste ano, Ana dá início à sua primeira turnê nacional com o show intitulado "Ana Carolina" que durou até meados de 2001.

No ano de 2001, Ana Carolina lançou o seu segundo CD “Ana, Rita, Joana, Iracema e Carolina”, intitulado em homenagem às várias mulheres de Chico Buarque de Holanda, um de seus grandes ídolos. Um CD mais autoral, contendo 11 músicas pessoais, dentro das 15 faixas presentes no disco. Lançou o “hit” das rádios deste ano, “Quem de nós Dois”, a música mais executada no Brasil com mais de 3000 execuções, o que rendeu à cantora um disco de ouro e outro de platina, além dos prêmios de melhor cantora (Troféu imprensa, Domingão do Faustão e da Academia Brasileira de letras - Prêmio Austregésilo de Athayde) e melhor música pra “Quem de nós dois” (Domingão dos Faustão). Neste mesmo ano, Ana Carolina compôs as músicas “Velas e Ventos” e “ Margem de pele” para o filme “Amores Possíveis” de Sandra Werneck. Seguindo então com a turnê do CD “Ana, Rita, Joana, Iracema e Carolina” em 2002, foi premiada com o 1º Prêmio Caras de Música pelo voto popular como melhor cantora.


Em 2003, Ana Carolina lança o terceiro disco: "Estampado". O encarte do disco, com grafismos de sua autoria, apresentou outra de suas artes, a pintura. Foi convidada para o songbook de João Bosco onde cantou “Linha de passe”. Nesse mesmo ano, lançou o DVD "Estampado", dirigido por Monique Gardenberg, contendo o making off da gravação do disco, participações especiais de amigos e parceiros, e um show feito pela cantora no Largo da Carioca (RJ). Estreou a turnê “Estampado” em Juiz de Fora. A turnê foi um grande sucesso, e rendeu à Ana Carolina a premiação de melhor cantora pelo troféu imprensa deste ano.

Um ano depois, em 2004, Ana Carolina fez um grande show no Claro Hall (RJ) para um público superior a 9.000 pessoas, que originou o 2º DVD intitulado “Estampado – Um instante que não para”. Ana também realizou neste ano uma mini-turnê pelos Estados Unidos, se apresentando em Miami (Teatro TAM), Newark (Palácio Europa) e Boston (Wonderland Ballroom).

Em 2005, Ana Carolina lançou o CD “Perfil”, uma coletânea dos seus maiores sucessos e que recebeu os discos de platina, platina duplo e diamante, devido a grande vendagem. Teve suas composições "Abismo" e "Ultra-leve amor", ambas com Jorge Vercilo, registradas pelo parceiro no CD "Signo de ar" (EMI). Recebeu também um convite de Seu Jorge para uma parceria em duas apresentações no projeto Tom Acústico em São Paulo. Os dois artistas interpretaram no espetáculo sucessos de suas respectivas carreiras, além dos textos de Elisa Lucinda "Só de sacanagem" e "Alfredo é Gisele". O show gravado ao vivo para lançamento do CD e DVD "Ana & Jorge" (Sony BMG) gerou o single "É isso aí", versão de Ana Carolina para "Blower's Daughter", sucesso de Damien Rice. Ana & Jorge transformou-se no maior fenômeno de vendas e de execuções de 2005. Ainda neste ano, Ana Carolina atingiu a marca de mais de 1.000.000 de discos vendidos, alcançando a marca de primeiro lugar em vendas e execuções no país.

No ano de 2006, Ana Carolina lançou o CD duplo “Dois Quartos” (Sony-BMG), o trabalho mais autoral da cantora, assinando 22 das 24 faixas do disco. No primeiro CD intitulado “Quarto”, registrou músicas mais radiofônicas, enquanto no segundo intitulado "Quartinho", apresentou músicas mais elaboradas, experimentais e intimistas. Neste mesmo ano, Maria Bethânia e Mart’nália gravam respectivamente “Eu que não sei quase nada do mar” e “Cabide”, compostas por Ana Carolina sob encomenda. Luiza Possi também gravou a música “Escuta” de Ana que também intitulou seu novo disco. Ana Carolina também passou a integrar em agosto de 2006, o corpo de apresentadoras do programa “Saia Justa” no canal GNT. O CD “Ana e Jorge” foi indicado ao Grammy Latino de melhor disco de música popular brasileira e Ana Carolina recebeu o Prêmio Multishow de Melhor Cantora.

Em 2007, Ana Carolina iniciou a turnê do disco “Dois Quartos” no Teatro do Palácio das Artes em Belo Horizonte. A canção “Rosas”, de autoria de Antônio Villeroy, foi indicada ao Grammy Latino como melhor música. Recebeu novamente neste ano, o prêmio de melhor cantora pelo canal Multishow.

Em abril de 2008, Ana Carolina lança o seu selo “Armazém”, promovendo o CD e DVD “Multishow Ao Vivo Ana Carolina Dois Quartos”, gravado em novembro no Credicard Hall em São Paulo. Permaneceu com a turnê Dois Quartos rodando o país e recebeu os Prêmios Tudo de Bom por Melhor som e Multishow pelo melhor show de 2007.

Em 2009, Ana Carolina completou 10 anos de carreira! E em comemoração a esta data, Ana lançou o CD “Nove” (N9ve), um trabalho inusitado, com 9 músicas inéditas, arranjos eletrônicos ousados, e recheado de referências numerológicas e de parcerias internacionais.


Aos 16 anos, Ana Carolina tomou a decisão de contar para a mãe que se sentia diferente das amigas, revelou que era bissexual. A condição da filha foi respeitada, ainda que mais tarde ela tenha enfrentado cobranças. Em entrevista à Jô Soares, em 6 de Junho de 2008, Ana disse que: "Homossexualidade, Mediunidade e voz, todo mundo tem. Mas, só alguns desenvolvem..Eu sou Bi, e daí?, foi o destaque da Revista Veja do mês de dezembro, onde Ana se revelou: "Sou bissexual. Acho natural gostar de homens e mulheres", disse ela à publicação. Contudo, ela deixou claro que não queria ser uma militante pelos direitos homossexuais, muito menos, levantaria bandeiras para defender a homossexualidade, pois, segundo ela, fica parecendo que ser gay é uma doença.

Polemicas a parte, concordamos que Ana Carolina, é uma das mais belas vozes da nossa musica popular brasileira, e que durante sua carreira, todos os seus shows, sempre carregados de emoção e originalidade fazem dela uma “Diva”, em todos os sentidos, sendo perfeita pra homenagear a mulher brasileira, guerreira, batalhadora e acima de tudo sonhadora, que sempre colaborou com a construção desse imenso Brasil....

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